Como já era previsto, foi a luta do ano. Ambos pugilistas fizeram um combate franco e muito técnico.
Cotto, atuando na sua própria categoria, tinha como principal arma a força de seus golpes. Sua estratégia no início da luta foi ficar bastante próximo de Pacquiao, com pouca movimentação e muita trocação.
Para compensar, Pacquiao usou da sua velocidade para contragolpear e neutralizar as sequências recebidas. A partir do meio da disputa, Manny dominou a luta com boa noção de distância, cercando o tempo todo, não dando espaço para Cotto já cansado. Canhoto, o desafiante colocava seu pé direito sempre do lado de fora da base de Cotto, induzindo-o a se movimentar para seu lado mais forte, fazendo pivô para o lado de fora, deixando o porto-riquenho várias vezes sem base (cruz).
Além de uma técnica apurada, o filipino mostrou que para ser campeão mundial 7 vezes em cinco categorias diferentes, o boxeador tem que ter personalidade e inteligência. Com a guarda muitas vezes baixa, esquivas precisas, e golpes encaixados, teve o gongo como adversário também, já que Cotto (com um poder de absorção impressionante) se beneficiou em alguns finais de round.
Porém, a decisão do árbitro no último assalto foi precipitada, causando uma certa frustração. Miguel Cotto foi resistente, indo à lona 2 vezes, mas no momento do término da luta não estava mal a ponto de justificar a decisão de nocaute técnico.
Mesmo assim a luta foi o show do ano no boxe. Quem dera tivéssemos espetáculos como esse com mais frequência.
Agora é só esperar Mayweather!
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